quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Lula diz que 'vai lutar como leão' pela reforma política após deixar governo

POLÍTICA:

Segundo Padilha, Lula disse que vai assumir tarefa de viabilizar reforma.Presidente vai lançar documento com todas ações dos 8 anos de governo.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (4), depois da reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse aos ministros que irá se dedicar pessoalmente, “e lutar como um leão”, pela elaboração de um projeto de reforma política, quando deixar a Presidência da República, no dia 1º de janeiro de 2011.
Antes disso, porém, Padilha revelou que Lula deve apresentar em dezembro um documento batizado de “Legado dos oito anos de governo” que será registrado em cartório e terá a relação de todas as ações dos dois mandatos dele.
“A Casa Civil e o gabinete da Presidência estão coordenando um balanço dos oito anos de governo, chamado ‘Legado dos oito anos de governo’ e ele disse que em dezembro vai marcar uma data para que os ministros juntamente com ele venham a registrar esse balanço em cartório”, afirmou Padilha.

O presidente disse também que, ao sair do governo, a principal tarefa que ele vai assumir, ele disse que vai lutar como um leão por essa tarefa, é a reforma política do sistema eleitoral no país. Ele quer atuar dentro do PT, mas buscar também o conjunto de partidos aliados ao seu governo hoje para que já no primeiro ano esses partidos apresentem uma proposta de reforma política”, complementou o ministro.

Penúltima reunião

O presidente Lula reuniu 36 ministros no Palácio do Planalto na manhã desta quinta para essa que foi, segundo Padilha, a penúltima reunião ministerial do governo. Segundo o ministro, Lula ainda irá reunir o corpo ministerial uma última vez para uma confraternização e um balanço das ações do governo.
No encontro, que começou por volta de 9h50 e foi encerrado por volta de 13h, Lula também cobrou empenho dos ministros para a continuidade dos trabalhos nos últimos dois meses de mandato e proibiu os integrantes do primeiro escalão de tirarem férias.
“O presidente fez essa reunião ministerial, nas próprias palavras dele, ‘provavelmente a penúltima reunião ministerial do governo’, e reiterou a disposição de que nós temos que trabalhar até 31 de dezembro. Determinou que nenhum ministro deve entrar de férias até 31 de dezembro. Até porque depois do dia 1 de janeiro todos eles devem entrar de férias”, relatou Padilha.

Medidas polêmicas, como os novos marcos regulatórios da mineração, regulação da mídia, entre outros, serão discutidas internamente entre os órgãos do governo. Segundo Padilha, Lula vai tratar pessoalmente com a nova presidente, Dilma Rousseff, da agenda de apresentação de matérias ao Congresso: “Ele reafirmou que quer, até o final do ano, que os ministros se dediquem às últimas medidas que possam ter divergências ainda. Ele quer discutir tanto com a equipe de transição quanto com a presidente eleita o envio de medidas após o seu governo.”

Cargos no governoLula também reforçou o recado já transmitido em entrevista coletiva nesta quarta-feira (3) que não irá interferir na formação do novo governo de Dilma e avisou aos ministros que ninguém tem lugar garantido na esplanada a partir de janeiro de 2011.


“O presidente reafirmou o que já tinha falado de que ele, enquanto presidente da República, não vai sugerir nem vetar qualquer nome para o próximo governo a ser construído pela presidente Dilma. O próximo governo tem que ter a cara da presidente Dilma. Disse claramente que nenhum ministro e partido tem vaga garantida no ministério. Ele disse que o ministério não é de nenhum ministro ou partido”, relatou Padilha.

Economia

Além de Lula, também o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez uma apresentação da situação econômica do país na qual afirmou que a economia deve crescer entre 7,5% e 8% neste ano. Segundo Alexandre Padilha, o Brasil irá para a reunião do G-20 na próxima semana determinado a se posicionar contra qualquer medida que estimule a guerra cambial no mundo: “O ministro Mantega disse que o país deve ir ao G-20 para buscar articulação com os demais países para reforçar uma posição contra qualquer guerra cambial que possa existir no mundo.” Padilha disse ainda que o Brasil vai fortalecido para a reunião do G-20, já que a situação econômica do país prevê crescimento elevado.

CongressoSegundo Padilha, a prioridade do governo no Congresso será cumprir o calendário de aprovação do Orçamento da União e a votação do marco regulatório do pré-sal: “Estamos conversando com os líderes do Congresso porque são prioridades do governo a votação do orçamento e a aprovação do pré-sal ainda neste ano. É uma decisão do governo e ainda vamos conversar com os líderes para reafirmar essa orientação.” ( Fonte: globo.com)

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